EM CONSTRUÇÃO!!!....SORRY
EU VIM DE LÁ
O sol chega por entre nuvens e árvores
E desenha a bruma da manhã,
O orvalho é sua testemunha;
À tarde, nuvens choram em chuva
Que banham a natureza sedenta e
satisfaz a sede da semente que espera a futura flor,
Flor exposta ao vento que vem do mar mais próximo,
E as fôlhas que são tantas, mas o outuno nunca esquece alguma;
À noite, a tristeza e solidão não pedem licença,
Pois a lua e as estrêlas lhes guiam o sentido
Que vão até o passado da longinqua infância
Esquecidas lembranças, merecidas surpresas!
(Outono 1992)
RRRRrrrrrr...
Rápido,
Raro,
Ríspido,
Risível,
Retumbante,
Renovador
adeus...!
(Outono 1992)
QUERES MOSTRAR-SE
O ato da revelação escondida e trancada,
É a explosão suave de palavras,
Que surpreende, que encerra, que regenera
Os olhos se assustam, pois a bôca e a voz estão à frente,
Os azuis se tranformaram em subtons não demonstrados ontem,
Pois o sangue com seu vermelho era mais vital!
A comunhão é bela, mas assusta
A união é dura, mas perdura
A saudade dói, mas corrói o mêdo do passado incerto
O futuro...deixemos para o amanhã!
(Outono 1992)
AMANHÃ
Te verei, mas não te terei
Conversarei, mas não sonharei,
Relembrarei, mas não chorarei...
O riso já não é tão largo,
A língua move-se suavemente,
Pois só palavras daí resultam...
Fim de um tempo comprido,
Início de uma vida corrida,
Jamais te esquecerei!
É impossível esquecer uma poesia
Que sai de seus cabelos, de sua pele e de seus olhos...
É possível lembrar de uma mulher,
Que derrama lágrimas pelo medo de amar,
É fácil amar você!
(Outono 1992)
NESSA NOITE
Te amo, te quero, preciso te ver agora!
Essas palavras são velhas mas como são fáceis dizê-las para você!
Estavam esquecidas, guardadas e amarguradas
Pois me feriam...
Aqui nesse quarto, que elas ecoem pelo ar
Mas que um vento as leve em silêncio até você,
O mesmo menssageiro daqui,
Pois o meu amor por você passará a soprar em todos os ares...
Ar surgido de uma voz suave,
Que deitará ao seu redor essa noite...
(Outono 1992)
SEM PELE
A harmonia nesse torvelinho de sentimentos que esperam por você,
A agonia do tempo em rebento, sangrento, solitário mas profuso,
A confusão de mil possibilidades, desde o alto da montanha
Até o rasteiro solo, úmido e quente,
O vazio pela fuga da tormenta, que afugenta o mais corajoso,
O mêdo, a primeira consequência,
A dor, por caminhar nessa longa estrada,
O desespero, pois ela nunca termina,
O poder, sucumbe irresoluto,
No fundo...eu...nu....
(Outono 1992)
O CORAÇÃO E VOCÊ
Estou aqui pouco a pensar, muito a lembrar
Entras de repente sem bater na porta,
Mas pudera!
Meu coração não têm portas para você!
Podes entrar a qualquer hora,
Mas cuidado, pois na sua presenssa êle se emociona e fica com muito mêdo,
Pois você o faz sonhar e o leva desse mundo...
Êle sempre pensou no imaginário,
Está a procurar a terra perdida,
Mas êle está a aprender
Que a felicidade está na sua vizinhança...
(Outono 1992)
NÃO PENSE POIS...
Estou escrevendo sem parar,
Queria que êsse lápis descrevesse todos os detalhes
Que vão nos meus pensamentos,
Mas ainda não aprendi,
Que com êsse modo de pensar,
É impossível para êsse lápis, pobre lápis!
Descrever a outra voz...
Que não passa pela bôca e lábios,
Que não chega aos pensamentos,
Pois as palavras são inúteis.
É do peito que sai o sangue sem voz,
É de lá que sentimos sem pensar!
(Outono 1992)
MAR
Escrevo e me harmonizo,
Vêm a calma aos poucos,
Um alívio transitório,
A espera de uma nova onda…
Que vem de um mar antigo,
Azul e verde em mistura ímpar,
A inundar meus olhos, os dias e as tardes!
Nas pequenas onds banho-me sereno sôbre a areia rasa,
E sinto suas águas por toda minha pele,
Nas grandes vagas fico apenas a apreciar sua ira,
Mas gostaria de ser por um minuto,
Um pequeno barco sôbre êsse mar revolto,
Sem destino por hora, mas…
Num belo lugar quando vem a calmaria
(Outono 1992)
O MAR QUE ME TRATA
Deleito-me na sua imensidão,
Os outros dizem que sou solitário...
Além-mar, vim de lá, da solidão,
Com meu barco e meu caminho
Olho em todas as diressões,
A espuma na areia me fascina,
Como queria que aqui estiveste!
Mas espero umpouco mais, até quando?
Pesso calma nêsse imenso azul,
Que vai e vem em pequenas crispas,
O sol da tarde que se cai
Entre nuvens e esparsos reflexos.
(Outono 1992)
POEMA DA ESPERA
Fico a esperar,
Na melhor calma possível,
Com pensamentos e sentimentos a correr,
Na tela da vida, e nas profundezas de minha alma;
Alma que se manifesta crescente,
Que se assusta som sua presença,
Caio numa imensidão, com uma firmeza
Que vêm sei lá de onde,
Persisto paciente com uma fé,
A de conhecer algo além,
Peço à natureza sòmente coragem,
Pois se conseguir...lágrimas como as quero!
(Outono 1992)
ÚLTIMA NOITE
O farfalhar da espuma sôbre a areia,
O rolar curto das pedras amontoadas
Pelo vai e vem das pequenas ondas,
O sol, o vento e a tarde!
Fico embevecido por essa música,
Enebriado pela maresia aos meus olhos,
Pescadores se divertem ao longe,
Muitos barcos flutuam por lá,
Esta saudade carregarei p´ra sempre!
Adeus Portugal querido!
(Outono 1992)
LÁ LONGE
Por trás de tudo, o que não vejo
O sonhador sofre, pois nunca vê
Mas entre os decididos e diretos, onde está o que não se vê?
Existe uma outra lei em nosso mundo universal,
Que faz encantar o poeta, se transforma em cöres por mil prismas,
Enlouquece os pseudo-poderosos;
Como seria bom se lá pudesse me embalar a cada segundo,
E trazer de lá tôda clareza,
Tal qual o sol invade tôdas as manhâs!
Clareza imensa apesar da névoa,
Maior ainda depois da noite,
Em diferentes horas por tôdos os lugares...
Ó natureza!
Gostaria de explicar aos homens o que fazes,
Para que sòmente precises agitar as árvores na dança dos ventos!